NOTAS CONCLUSIVAS: Ecossistema da Internet em Angola.
A Associação Angola de Internet (AAPSI), no âmbito da realização do Fórum “Angola Internet Talks”. Que é um fórum que visa fomentar a discussão e partilha de conhecimento entre os diferentes Players do Ecossistema da Internet Local.
O fórum, será organizado Quinzenalmente e durante os eventos haverão de ser abordadas questões em torno da Internet em Angola.
A primeira edição do fórum que teve como temática o "Ecossistema da Internet em Angola" teve uma duração de mais de duas horas e realizou-se na passada quarta-feira dia 07, via plataforma ZOOM e transmissão em directo via Facebook Live da AAI.
Aproveitamos a oportunidade para agradecer a todos os participantes, moderador e pela qualidade das intervenções dos nossos pré leitores neste primeiro fórum. O mesmo contou com a presença do Engº Dimonekene Ditutala que faz parte do conselho consultivo da AAI e que foi o moderador e a preleção de José Silva, CEO da Múltipla e Associado da AAI, N´silu Ferreira, Vogal da Direção da AAI e Director de IP e Transmissão na Unitel e Sílvio Almada, Presidente de Direção da AAI.
O primeiro fórum teve as seguintes notas conclusivas:
- Todos os intervenientes do Ecossistema (startups, empresas de serviços, operadores, etc..) tem participado e ajudado no seu fortalecimento.
- Todos têm feito esforços para promover o ecossistema
- Os Operadores já fizeram muita coisa boa, a nossa internet está cada vez mais à altura das nossas necessidades.
- As empresas podem cooperar entre si para que haja mais confiança. Já há muita coisa que existe aqui. Cada interveniente do Ecossistema devia se preocupar em usar o que está já desenvolvido aqui.
- As empresas locais devem ter uma visão como se fossem globais. Não ter medo da concorrência. Têm que participar da evolução do ecossistema.
- Temos ligaçoes fortes com a SADC e a lingua portuguesa, potencialidades que podemos aproveitar a nosso favor.
- O Estado deve orientar, traçando as linhas mestres para o desenvolvimento do sector. Mas, não deve ser ele a produzir tudo, deve deixar a execução na mão das empresas de serviços e dos operadores.
- Os Angolanos devem passsar a consumir mais produtos e serviços feitos por Angolanos.
- Operadores não devem ser incentivados a disponibilizar soluções a custo zero. O Estado já o faz como parte do Serviço público. Com a gratuitidade não se consegue assegurar a sustentabilidade das soluções.
- Ainda é muito dificil fazer um negocio 100% em angola pelo que teremos que recorrer na importação de produtos e serviços para serem incorporados na implementação de soluções que sirvam as necessidades reais do mercado local.
- O Sector académico não deve distanciar-se da empresas.
- Procurar orientar as investigações no sentido de poder inovar e criar patentes que podem depois ser postos no mercado através da indústria nacional.
- BIGData, IOT, etc... são todos novos nichos de mercado que podem ser aproveitados tanto pelas academias como também pelas empresas nacionais.
- Disponibilidade de internet nas universidades. Seria muito importante existir esforços comuns para a realização deste objectivo.
- Existems inúmeros exemplos de produtos nacionais criados e inspirados em produtos importados, adaptados a nossa realidade.
- Começa a haver também casos de empresas nacionais a exportarem soluções para outros paises.
- Os institutos Publicos, Ministérios e Organismos do Estado devem deixar de concorrer com o Privado. O Estado deve criar e promover uma legislação para o efeito de forma ao Investidor privado se sentir protegido e interessado.
- Deve haver inclusão dos privados nos consórcios Internacionais e abertura de mais entradas nos circuitos Internacionais que não sejam detidos por empresas Estatais.
O Estado é soberano, mas deveriamos ver aqui sinais de mudanças em relação à alguns destes pontos.
Encontra-se disponível a gravação na integra deste evento na página do facebook da AAI.
O nosso segundo Talk será sobre "Cibersegurança nas Comunicações" no dia 28 de Outrubro de 2020 pelas 15h00.
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Contamos contigo!
Luanda, 15 de outubro de 2020.